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Cachorro e gato morando junto – Quais cuidados tomar? Entenda aqui como fazer

Cachorro e gato morando junto pode ser algo muito distante do ponto de vista da fama e do conhecimento popular. Afinal, em essência, cães e gatos deveriam brigar o tempo inteiro, sendo praticamente inimigos. Pelo menos, é isso que filmes, séries e desenhos nos mostram. Mas a verdade é que isto está longe de ser uma realidade. 

Embora hajam desconfianças, saiba que é plenamente possível ajudar seu cão e gato a viverem juntos e, assim, celebrarem uma grande amizade. E isto é tão possível, que você vai aprender alguns passos para conseguir colocar este sonho em prática. Para entender como, continue lendo o texto.

Vamos lá?

Cachorro e gato morando junto

Um gato e um cachorro – Foto: Freepik

Cachorro e gato morando junto – A fama por não se darem bem é verdade ou é possível que cães e gatos sejam amigos?

Cachorro e gato morando junto não precisa ser apenas um sonho distante. Pode, sim, se tornar realidade na sua casa. Mas, antes mesmo que você tire qualquer ideia do papel, é importante entender que este não é um processo simples e talvez leve algum tempo até que ambos os pets se sintam felizes e plenamente saudáveis com a nova proposta de moradia.

É muito importante entender que cães e gatos são muito diferentes. Eles possuem características distintas, personalidades alternativas e gostos peculiares. A excessão, são os casos em que gato e cachorro se dão bem logo no primeiro encontro dentro de casa. Isto pode acontecer, mas você não pode simplesmente ter este tipo de expectativa para não gerar frustrações posteriores, ok?

Para te ajudar com o processo, separamos algumas dicas importantes e que você precisa colocar em prática. Veja os tópicos abaixo:

  • Faça a aproximação aos poucos e respeite o pet que chegou antes – Ele não pode sentir que foi abandonado;
  • Jamais force a amizade entre cão e gato – Eles precisam se conhecer e se darem bem naturalmente;
  • No início, mantenha os espaços de cada pet em locais reservados e diferentes;
  • Como lidar com a agressividade canina e felina? Reforço positivo pode ser uma boa ideia;
  • Medique e vacine os animais para que o ambiente não se infeste com pulgas ou parasitas;
  • Nunca deixe de consultar um profissional de conduta animal – Ele poderá organizar uma rotina de adaptação entre cão e gato;

Para não ficarmos somente na superficialidade, vamos nos aprofundar em cada um dos tópicos acima. Mas antes, é importante que você entenda o seguinte: isto não é uma receita mágica ou uma fórmula certeira. Os cães são todos diferentes uns dos outros.

Personalidades e instintos diferentes podem mudar completamente a forma como você fará (ou não) uma possível aproximação entre seu cão e seu gato. Portanto, entenda muito bem seus pets, saiba o que gostam, o que não gostam, como agem e reagem e, depois disso, planeje o convívio.

Vamos entender melhor a seguir. Acompanhe.

Cachorro e gato morando junto

Um gato e um cachorro – Foto: Freepik

Cachorro e gato morando junto – Faça a aproximação aos poucos e respeite o pet que chegou antes – Ele não pode sentir que foi abandonado

Para ter um cachorro e gato morando junto, você precisa entender que o processo de adaptação pode ser lento e até mesmo muito difícil. É importante que você não crie muitas expectativas para que não se fruste. Afinal, a frustração vai atrapalhar muito a conduta que você exercerá (ou não) para fazer os pets serem amigos. Mas, não desanime: é possível, sim, adaptar os bichinhos a morarem juntos.

Desta forma, é fundamental que você faça a aproximação aos poucos, respeitando sempre o pet que chegou antes na sua casa. Isto quer dizer que você deve dar prioridade total ao pet que chegou antes? Não.

Mas, você não pode simplesmente soltar um outro animal no quintal ou no apartamento. Principalmente se o gato for o morador mais antigo do recinto. Afinal, gatos são muito territoriais. Já os cães são muito sentimentais. E se o seu dog perceber que você trouxe um “intruso”, ele realmente poderá achar que você o está abandonando.

Então, o que significa “ir aos poucos” na adaptação? Significa que você deve, antes de mais nada, respeitar os animais. Respeite sentimentos e reações, para que nada seja forçado. No caso do cachorro, faça a aproximação em um tipo de coleira que garanta o seu controle sobre a proximidade. Caso você queira aproximar o gato, não o segure a ponto de bloquear uma possível fuga para se esconder. Afinal, gatos gostam de se esconder em momentos que sentem que não estão no controle.

Para reagir positivamente uma ação de seu cão durante a adaptação com seu gato, utilize técnicas de reforço positivo: a cada boa reação, ofereça um petisco. Em reações negativas, não ofereça nada.

Cachorro e gato morando junto – Jamais force a amizade entre cão e gato – Eles precisam se conhecer e se darem bem naturalmente

O segundo aspecto importantíssimo que você precisa considerar para cachorro e gato morando junto, é o fator “forçação de barra”. Isto pode ser muito subjetivo para algumas pessoas. Mas, vamos tentar entender de maneira clara e ampla o quanto forçar a barra pode ser negativo para a adaptação dos seus pets.

No tópico anterior, já entendemos que precisamos ir com calma para adestrar os pets. E isto já pode ser encarado como uma forma de não forçar a barra. Porém, há ainda outros aspectos. Por exemplo, você não pode ficar pegando o gato ou o cachorro no colo o tempo inteiro, de modo a aproximar um e outro sem que isto aconteça naturalmente. Afinal, os animais podem ter reações adversas e nunca se darem bem.

Para cuidar de um cachorro da forma certa, ou mesmo de um gato, muitas questões de responsabilidade e bom senso devem ser levadas em consideração. Toda vez que você proporciona um evento ou um fato novo na mente do seu pet, ele tenderá a ficar estressado. Pode ser passageiro, pode ser duradouro ou pode nem acontecer. Por isso, é fundamental ter cautela para que você não faça os pets criarem excesso de cortisol, hormônio que provoca desequilíbrios de temperamento.

Importante: se o gato e o cachorro não demonstrarem muita amizade entre um e outro, mas se respeitarem a ponto de não brigarem, você já teve êxito no processo. Cachorro e gato morando junto não significa que irão brincar 24h por dia e dormir um em cima do outro. Pode acontecer. Mas, pode ser que não aconteça e, mesmo assim, os animais se respeitarem. Neste caso, está tudo certo e você não precisa forçá-los a serem melhores amigos para sempre, uma vez que haja o mínimo de respeito entre um e outro.

Cachorro e gato morando junto

Um gato e um cachorro – Foto: Freepik

Mantenha os espaços de cada pet em locais reservados e diferentes no início

Cães até vivem bem em matilhas. Mas isto ocorria com mais facilidade há muitos anos, quando eles ainda não eram domesticados. E os gatos, como você sabe, são muito mais territoriais. Por isso é fundamental que no começo do processo de aproximação entre os dois animais, você mantenha um espaço digno entre os pertences de cada um.

Isto significa que você precisa deixar a cama do cachorro de um lado da casa, e a cama do gato, do outro. O mesmo vale para potes de ração e água: jamais coloque-os perto um do outro. Quanto mais você conseguir mostrar que há privacidade no lar para cada animal, mais eles ficarão tranquilos para que a adaptação aconteça no médio e longo prazo.

Lembra do tópico anterior sobre forçar a barra? Pois bem, este tópico também reflete isso. Afinal, você não pode forçar o convívio de modo a colocar a comida de um perto da comida do outro, para que eles tenham que se cruzar de uma forma ou de outra. Se você fizer isso, poderá minar qualquer resultado positivo que eventualmente você pudesse obter lá na frente.

A comida, a caminha e o banheiro são espaços privados e individuais. Manter isso longe do processo de adaptação é muito importante para que os pets não sofram ainda mais. Afinal, imagine o quão ruim seria chegar em um espaço novo, onde não há conforto mental e, ainda, ter que “lutar” pelos pertences? Pois é, isto seria muito desgastante. Geraria estresse, ansiedade, desanimo e até agressividade.

E por falar em agressividade, falaremos sobre como lidar com ela a partir de agora. Continue lendo.

Como lidar com a agressividade canina felina? Reforço positivo pode ser uma boa ideia

Infelizmente, cães e gatos podem se tornar agressivos a partir do momento que você não proporciona aquilo que eles querem e, principalmente, precisam. Em alguns casos, a raça ou a personalidade colaboram para a agressividade. Mas na grade maioria das vezes, somos nós os responsáveis por deixar – ou não – um gato ou um cachorro agressivo.

Desta forma, podemos considerar isto como um fator determinante para o sucesso ou não da sua jornada de adaptação entre cachorro e gato morando junto. Antes de lidar com a agressividade, é importante que você faça de tudo para que ela não se desenvolva na mente dos animais.

Para isso, siga a risca todas as nossas dicas nos tópicos anteriores. Afinal, tudo aquilo que gera estresse e desconforto, pode também gerar agressividade nos cães e gatos. A agressividade, neste caso, é uma maneira de se defender, do ponto de vista físico e mental. O instinto, neste caso, fala mais alto. Quando o animal é colocado a prova de forma que não se sinta confortável e feliz, ele pode desenvolver atitudes muito negativas.

Se o cão ou o gato já são agressivos sem que você tivesse tentado uma aproximação anteriormente, procure um profissional adestrador para guiar os passos do processo. Ao chegar neste ponto, os animais precisarão receber um tratamento diferenciado, pois a partir da agressividade podem surgir outros problemas, como acidentes com mordidas ou arranhados.

Lembre-se sempre que, mesmo que você queira que os animais sejam amigos, eles ainda serão animais. Possuem instintos e reações inesperadas para algumas situações. Respeitá-los é fundamental.

cão e gatinho

Um gato e um cachorro – Foto: Freepik

Medique e vacine os animais para que o ambiente não se infeste com pulgas ou parasitas

Até aqui, entendemos alguns critérios importantes para lidar com seu cão ou gato para uma adaptação mais tranquila, calma e inteligente. Mas, não podemos esquecer dos aspectos externos ao processo, como as medicações, vacinações e demais procedimentos veterinários (como a castração) que ajudem manter um ambiente saudável e limpo.

Tudo aquilo que estiver em desordem no dia a dia dos pets, poderá gerar estresse. E, como você sabe, um cachorro ou um gato estressados são muito mais propensos a não se adaptarem morando juntos. Então, não hesite em investir em bons vermífugos, colocar todas as vacinas em dia e medicar para tudo aquilo que for necessário.

Dores, doenças ou uma simples cidadezinha de pulgas se desenvolvendo nos pêlos dos animais, já será mais do que o suficiente para que eles não se sintam em casa. E, as vezes, você pode estar fazendo tudo certo, seguindo as melhores dicas de adaptação, mas ainda há algo que não está certo. Este “algo” pode estar relacionado a saúde dos pets.

Por falar em saúde, não podemos esquecer da saúde mental dos animais. Ela também ditará o ritmo e as regras do jogo. Quanto mais equilibrada for a rotina e o dia a dia de seu cão ou gato, mais saúde mental eles terão. Logo, serão menos estressados, menos agressivos e muito mais receptivos.

Leia mais sobre a saúde mental de cães clicando aqui.

cão encarando o gato

Cachorro e gato se encarando – Foto: Freepik

Nunca deixe de consultar um profissional de conduta animal – Ele poderá organizar uma rotina de adaptação entre cão e gato

E por fim, talvez a dica mais importante de todas: para ter um cachorro e gato morando junto com muito mais tranquilidade e equilíbrio, não abra mão de uma consulta com um profissional em conduta animal.

Ele poderá não somente criar uma rotina para a adaptação. Mas também, fará uma análise comportamental de cada pet, de forma que você possa oferecer as melhores alternativas de convívio, baseadas na personalidade de cada um.

Cuide bem de seus pets e esperamos que eles se tornem bons amigos juntos!

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Data: 
03 de Novembro de 2020

Autor

Autor: 
Camila Da Silva
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