Saber se o cachorro tem problemas emocionais pode não parecer muito fácil, mas saiba que existem alguns sinais que podem nos ajudar a detectar esse tipo de situação.
Ao perceber esse tipo de questão no pet, é aconselhável buscar auxílio profissional, de um veterinário ou de um especialista em comportamento animal, de modo a promover mais qualidade de vida ao cão.
Afinal de contas, os desequilíbrios emocionais podem prejudicar consideravelmente o animal, fazendo-o ter problemas de saúde mental que, mais tarde, podem até se tornar problemas de saúde física.
Mas não se preocupe! Neste texto do Portal do Dog, vamos te ajudar a identificar esses aspectos para oferecer o que há de melhor aos seus cãezinhos. Acompanhe e confira!
Cachorro com semblante triste. Foto: Canva.
Como saber se o cachorro tem problemas emocionais?
Antes de qualquer coisa, queremos deixar claro que um ou dois comportamentos de alerta, quando pontuais e com causas bem aparentes, não necessariamente são sinais de problemas emocionais.
Em contrapartida, quando esses sinais começam a se tornar muito recorrentes, a ponto de causar prejuízos ao animal, é importante considerar o auxílio profissional.
Isso porque, à medida que o tempo passa, a situação pode acabar se agravando em alguns casos, tornando a rotina do pet ainda mais difícil.
Além disso, outro fator que devemos considerar é que nem sempre os sinais citados neste artigo têm relação exclusiva com a saúde mental. Ou seja, estes sintomas também podem aparecer, muitas vezes, em casos de doenças físicas.
Por conta desses dois fatores é importante ficar atento para poder buscar auxílio profissional de forma qualificada, assim que for detectada a necessidade de cuidar da saúde do pet.
Vejamos, agora, alguns aspectos que podem nos ajudar a saber se o cachorro tem problemas emocionais:
1. Observe o comportamento para saber se o cachorro tem problemas emocionais
O comportamento dos cães podem nos dar muitas pistas de quando alguma coisa não está indo bem. Isso porque, as mudanças na forma de agir podem ser uma tentativa de tentar sanar o incômodo, como se determinado comportamento o ajudasse a “gastar” o desconforto e a retomar a rotina mais equilibrada.
Porém, sabemos que nem sempre essas mudanças serão o bastante, o que pode fazer com que o pet fique com comportamentos compulsivos, inclusive. Vejamos alguns exemplos nesses casos:
- Isolamento excessivo;
- Agressividade exagerada e sem motivo aparente;
- Medo ou ansiedade intensa, demonstrando muito desconforto;
- Comportamento destrutivo, como morder móveis, itens da casa e os próprios brinquedos e potes de comida, a ponto de estragá-los;
- Comportamento compulsivo, como lamber excessivamente as patas, ficar mordiscando a si mesmo ou lamber outra parte do corpo;
- Falta de interesse em brincar ou para fazer atividades físicas, inclusive aquelas que já foram de grande interesse do animal;
- Mudanças na interação com outros animais de estimação e também com os próprios tutores;
- Maior propensão a ficar apático, quieto e sem fazer nada – ou exatamente o contrário.
Veja mais: O que o tédio pode causar nos cães?
Cachorrinho com carinha de triste. Foto: Canva.
2. Avalie a vocalização do seu pet
Os pets também usam a vocalização para comunicar alguma coisa, e quando há alterações significativas na vocalização, pode ser que ele esteja passando por alguma situação que o deixa emocionalmente abalado.
Por exemplo, é muito comum ouvirmos um cachorro choramingando quando o seu tutor sai de casa ou volta depois de muito tempo fora, não é mesmo? Pois é!
Vejamos alguns aspectos que podem nos ajudar a saber se o cachorro tem problemas emocionais nesse caso:
- Excesso de latidos ou vocalização, de diferentes intensidades, e que podem parar ou não com os comandos do tutor;
- Vocalização frequente durante a noite. Esse sinal é ainda mais importante se nunca acontecia isso;
- Choro constante e sem motivos aparentes;
- Gritos ou uivos excessivos, em diferentes horários e situações;
- Vocalização em situações que normalmente o pet não costumava latir ou chorar.
3. Analise alterações de apetite e sono
Para saber se o cachorro tem problemas emocionais, também podemos começar a observar as alterações no apetite e no sono. Isso porque, as emoções estão intimamente relacionadas com os hormônios que regulam tanto a fome quanto o sono dos animais – e com a gente ocorre algo parecido, sabia?
Por isso, se o pet começa a apresentar mudanças significativas nessas duas áreas, é bem possível que ele esteja sentindo alguma coisa. Veja alguns pontos que podem nos ajudar a detectar esses problemas:
- Falta de apetite, ficando muito tempo sem comer ou reduzindo a ingestão de alimentos;
- Apetite excessivo, comendo demais a ponto de passar mal em alguns casos;
- Mudanças na rotina de sono, como alterações no horário que costuma dormir e acordar;
- Insônia, fazendo com que o pet fique acordado a noite toda;
- Sonolência excessiva durante o dia, tornando o pet mais apático e desinteressado.
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Cachorro deitado com aparência de triste. Foto: Canva.
4. Verifique se há tiques para saber se o cachorro tem problemas emocionais
Alguns cães podem adotar certos tipos de tiques quando estão enfrentando alguma situação que os abala emocionalmente, como quando estão super ansiosos com a saída do tutor de casa, ou quando estão diante de algo que os deixa com muito medo, como uma chuva de fogos de artifício.
Vejamos alguns pontos de atenção nesses casos:
- Tremores ou tiques nervosos, que demonstram que o pet pode estar incomodado com alguma coisa;
- Lambedura compulsiva de partes do corpo, podendo ser uma área específica ou mais áreas;
- Mordiscar ou coçar excessivamente a pele, mesmo sem alergia ou algum motivo que justifique tal comportamento.
5. Observe se há submissão excessiva
Alguns cães com traumas emocionais podem começar a adotar uma postura muito submissa com relação aos tutores, por conta do receio de sofrer alguma punição severa.
Em outros casos, o pet pode ter vivido uma situação muito traumatizante, que não necessariamente tenha a ver com maus tratos que ele tenha sofrido em outro momento, mas, sim, problemas com brigas com outros animais, abandono, negligência, etc.
Nesses casos, é comum observarmos sinais como:
- Demonstra desconforto e medo constante;
- Não faz muito contato visual;
- Xixi quando fica com medo;
- Encolhe o corpo pensando que irá apanhar ou receber punição.
Esses sinais nos ajudam a saber se o cachorro tem problemas emocionais e necessitam de atenção. Afinal, submissão excessiva nunca é saudável, pois o pet pode ficar extremamente ansioso e dependente emocionalmente.
Veja mais: Xixi por Submissão ou Medo: Como Controlar?
Cachorro parecendo cansado. Foto: Canva.
6. Fique atento às reações exageradas
As reações exageradas, assim como a submissão, também podem nos ajudar a saber se o cachorro tem problemas emocionais.
Pois do mesmo modo que o pet pode agir demasiadamente com medo, ele também pode adotar outras reações que extrapolam limites, e que não são comuns no dia a dia. Vejamos alguns exemplos que podem nos ajudar a entender melhor:
- Reações exageradas a situações cotidianas, como por exemplo, demonstrar muito medo ou agressividade em algo que já acontece há tempo;
- Medo intenso em resposta a estímulos comuns, fazendo o pet ficar ansioso demais sem necessidade;
- Agitação excessiva em ambientes sociais e em contato com outros animais.
7. Verifique se há tentativas de fugas para saber se o cachorro tem problemas emocionais
O cachorro tenta fugir a todo momento? Ou foge apenas em situações específicas? Esse tipo de comportamento pode ser, para alguns, uma tentativa do pet de explorar melhor o ambiente.
Porém, também pode ser um dos sinais que podemos considerar na hora de saber se o cachorro tem problemas emocionais. Afinal, a tentativa de fuga pode demonstrar que o pet está muito incomodado com alguma coisa, bem como muito ansioso.
Vejamos dois pontos que podemos considerar:
- Comportamento de fuga ou tentativas de fuga durante o dia inteiro; ou
- Tentativas de escapar apenas quando o cachorro é deixado sozinho, como uma resposta ansiosa à situação.
Nesses casos, é fundamental buscar auxílio profissional o quanto antes. Isso porque, as fugas podem colocar o animal de estimação em risco, fazendo-o ficar muito exposto a situações externas como trânsito, brigas com animais de rua e até mesmo envenenamento.
Portanto, além de reforçar bem os portões da casa, se o cachorro parece ter problemas emocionais e, por isso, costuma fugir e se esconder, considere buscar auxílio profissional.
Veja também: Lidando com comportamentos indesejados do cachorro: Como abordar e corrigir?
8. Fique atento às alterações no peso corporal
O peso corporal do pet também pode nos ajudar na hora de saber se o cachorro tem problemas emocionais. Isso porque, se ele muda completamente a rotina alimentar dele, é bem provável que ou ele ganhe peso, ou ele perca.
Além disso, as emoções interagem diretamente com os hormônios caninos, como mencionamos anteriormente, o que também pode estar por trás das alterações de peso.
Por conta disso, se você começar a perceber que o peso do seu pet tem mudado muito, sem uma causa aparente para esse tipo de coisa, considere conversar com um especialista.
Além disso, comece a observar também a alimentação dele, para verificar se as calorias ingeridas estão sendo alteradas ou não.
Lembrando, também, que as alterações no peso corporal podem nos ajudar a saber se o cachorro tem problemas emocionais, mas também podem ser indicativos de problemas de saúde física.
Portanto, nada de negligenciar um sinal importante como esse, ok?
Cachorrinho com olhar de pidão. Foto: Canva.
9. Observe a postura corporal do pet
Por fim, para saber se o cachorro tem problemas emocionais nós também podemos observar a postura do animal. Se ele parece relaxado, parece rígido, etc… Tudo isso pode nos ajudar a perceber se o animal de estimação está realmente bem, ou se está sentindo algum desconforto emocional significativo.
Na lista abaixo, apresentamos alguns pontos que podemos observar nesse sentido:
- Mudanças na postura corporal, como encolhimento, tentativa de ficar o mais escondido possível, etc;
- Evitar contato físico a qualquer custo, tentando sempre se esconder;
- Postura parece estar muito rígida, como se o cachorro estivesse com uma grande tensão;
- Olhar para o chão em situações sociais, não interagindo com quem está à sua volta.
O ideal é que o cachorro se mostre mais alerta e com postura mais rígida apenas quando está diante de algo que o “ameace” ou que o deixe assustado. Porém, se ele não relaxa a postura em nenhum momento, pode ser sim que ele esteja com alguma questão emocional que merece atenção.
Veja também: 6 sinais de que seu cachorro não está se exercitando o suficiente
Atenção aos problemas de saúde física
Como mencionamos no decorrer deste conteúdo, existem sim muitos sinais que nos ajudam a perceber quando o cachorro está enfrentando algum problema emocional. No entanto, muitos desses sinais também podem aparecer em doenças físicas, ou seja, em enfermidades que afetam o corpo do cachorro, e não apenas a mente.
Até porque, se o cachorro estiver doentinho ele também poderá ter problemas emocionais por isso, concorda? Mas, nem sempre ele terá algum problema emocional significativo, mas, sim, apenas uma questão de saúde física que merece atenção.
Por conta dessa variação, sugerimos que você nunca deixe de manter as visitas regulares ao veterinário, além de sempre procurar atendimento quando perceber algum sintoma significativo no seu amigo de quatro patas.
Desse modo, será possível oferecer a ele muito mais saúde e bem-estar, agindo nos problemas de uma forma mais precoce – o que pode possibilitar uma cura mais facilmente.
Esperamos que este conteúdo possa ter te ajudado. Até mais!
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